PROCURANDO ALGO QUE JÁ FOI POSTADO AQUI?

Pesquisa personalizada

TV Digital, Você já entendeu como será?

28 novembro, 2007

Domingo já começam as transmissões em São Paulo, e ainda não entendi muito bem como funcionará. Por isso fui atrás e achei uma reportagem no site G1 bem interessante e completa.

É bem longo, mas vale a pena se também está em dúvida.

Eu já decidi!!!

Vou esperar começar pra ver se tudo funcionará direitinho. E como tem até 2016 para mudar, conforme as Tv´s forem sendo trocadas, já compro com o tal "conversor". Sem afobações, e correrias, afinal com tanta porcaria passando em TV aberta, isto não é uma prioridade em minha vida agora!


O que você precisa saber sobre a estréia da TV digital, em dezembro

JULIANA CARPANEZ E RENATO BUENO
Do G1, em São Paulo

Está marcado para 2 de dezembro o lançamento da TV digital no Brasil. A estréia será na Grande São Paulo e, segundo previsões do
Fórum Brasileiro de TV Digital, o sinal estará disponível em todo o país até 2013.

Num primeiro momento, o principal impacto será a alta definição de imagens e som. A qualidade da imagem será melhor que a de um DVD. Com o tempo, outras funcionalidades devem ganhar força: a “mobilidade” e a “portabilidade” (possibilidade de ver TV em carros, notebooks e celulares, por exemplo), a "multiprogramação” (recepção de mais de um programa no mesmo canal) e a “interatividade” (possibilidade

A transmissão digital é gratuita, mas só estará disponível para quem comprar um conversor digital (também chamado de set-top box). Nos próximos meses, muitos fabricantes venderão TVs já prontas para receber o sinal, com os set-top boxes integrados.

Para os telespectadores, os números usados para sintonizar os canais atuais (analógicos, em geral transmitidos em VHF) não mudam. Mas cada emissora terá um novo canal em UHF para a transmissão digital. Por isso, para receber o novo sinal, será necessário comprar uma antena UHF.

Apesar de os canais terem números diferentes nessas faixas (em São Paulo, a TV Globo, canal 5 no VHF, será o canal 18 em UHF), os conversores serão programados para "entender" seus usuários. Assim, sempre que o telespectador digitar o número 5, o set-top box se conectará à TV Globo no formato digital (canal 18) – essa função que dispensa a necessidade de decorar novos números é chamada de canal virtual. Os números dos canais, tanto em VHF quanto em UHF, podem variar de acordo com a região do país.

A nova tecnologia também mudará o jeito de ver TV. A distância até a televisão, por exemplo, deve ser 3 vezes a altura da tela, recomendam especialistas. Uma TV LCD de 32’’ pede uma distância de 3 metros – a de 70’’, 6 metros. O formato da transmissão digital é de 16:9 (mais largo que o modelo convencional, de 4:3), aumentando o campo de visão do telespectador e, conseqüentemente, a sensação de imersão.

A transmissão digital, incluindo alta definição, mobilidade e interatividade, estará disponível para os canais abertos. A TV a cabo já opera parcialmente no ambiente digital, mas ainda tem barreiras a vencer quando se fala em alta definição.

Adaptação
Quem não quiser aderir agora à TV Digital terá tempo. O fim das transmissões analógicas só está marcado para 29 de junho de 2016.

"A curva de penetração da nova tecnologia, como de qualquer outra, pode ser lenta: depende muito do mercado e da competitividade. É certo, no entanto, que o preço dos dispositivos começa alto, mas depois cai vertiginosamente", acredita Carlos Fini, gerente de manutenção e tecnologia da TV Globo de São Paulo.

A Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletrônicos (Eletros) estima em R$ 700 o preço dos conversores digitais. Se quiser o melhor proveito possível da alta definição, o usuário precisará comprar um aparelho de TV com tecnologia Full HD, geralmente mais caro que os tradicionais.

Por conta da necessidade de investimento no conversor e possivelmente num aparelho de TV, é possível que a “portabilidade” e a “mobilidade” representem os primeiros grandes impactos causados pela TV digital no Brasil.

Alternativas
Na estréia das transmissões digitais no país, os consumidores poderão acompanhar os programas em televisores portáteis adaptados ao padrão brasileiro. Já os usuários de telefones celulares terão de esperar um pouco mais até que possam comprar no Brasil aparelhos adaptados, capazes de receber a programação da TV digital. A previsão para o início das vendas desses celulares é o primeiro semestre de 2008.

A soma do gasto nesses equipamentos portáteis pode ser menor do que a compra de um aparelho normal de TV adaptado ao sinal digital.

Se a ansiedade for grande, é bom lembrar que eletrônicos adquiridos no exterior não poderão receber a transmissão no Brasil. Por conta das adaptações feitas para a criação do Sistema Brasileiro de TV Digital Terrestre (SBTVD-T), o conversor digital é específico para o país.

Outra funcionalidade que ainda está em discussão é a multiprogramação. A idéia de usar um único canal UHF para transmitir mais de um programa pode não ser economicamente viável para as emissoras, que teriam de investir mais na produção de conteúdo digital. Já a interatividade, que funciona como um diferencial na programação, será explorada pelas emissoras assim que os set-top box estiverem adaptados para essa funcionalidade.

“Na estréia da TV digital, o foco estará voltado à qualidade de som e imagem", disse ao G1 José Marcelo Amaral, vice-coordenador do módulo de mercado do Fórum Brasileiro de TV Digital e diretor de tecnologia da Record.

Imagem
Na nova forma de transmissão, as imagens são mais nítidas, sem ruídos ou interferências, pois não há perda de sinal da antena até a recepção doméstica. O conteúdo é transmitido em pacotes binários (de “0” e “1”, como na informática) e chega ao aparelho de TV das residências exatamente como foi transmitido pela emissora. Outro aliado da alta definição é o formato 16:9, padrão no cinema, que oferece um campo de visão maior que o padrão 4:3, comum nos televisores analógicos.

Imagens mais fiéis, com alta qualidade, significam um nível de detalhes mais preciso. Por isso, cenários, figurinos e maquiagens dos programas gravados em alta definição precisam ser revistos para que os defeitos, antes imperceptíveis ao público, não prejudiquem a qualidade dos programas.

Perguntas e respostas

Quando começa a TV digital?

A TV digital será lançada oficialmente na grande São Paulo no dia 2 de dezembro. Depois disso, essa nova tecnologia de transmissão vai se expandir para outras regiões do país. De acordo com o Fórum Brasileiro de TV Digital, até 2013 a novidade deve estar disponível em todo o Brasil. A previsão é que, no semestre que vem, esteja disponível também no Rio de Janeiro.


O que muda com a TV digital?

As principais mudanças trazidas por essa novidade são imagem e som de maior qualidade, além de mobilidade, portabilidade, multiprogramação e também a possibilidade de o telespectador interagir com os programas da TV. Saiba mais.


A TV digital é gratuita?

Sim, essa forma de transmissão é gratuita. Porém, para acessar os canais em alta definição, é necessário ter um conversor digital (set-top box) ou uma TV já adaptada e uma antena UHF. Para obter a melhor qualidade das imagens de alta definição, também é preciso ter um aparelho de TV com tecnologia Full HD (1.920 x 1.080).


Quanto se gasta para comprar esses equipamentos?

Depende do nível de qualidade desejado. O gasto pode ficar entre R$ 100 (se o governo atingir seu objetivo de reduzir os preços) e R$ 800, na compra do conversor digital. Se o usuário preferir qualidade digital em TV de plasma ou LCD, gastará de R$ 2 mil a R$ 270 mil. TVs modernas, com o receptor digital integrado, devem ter preço de 10% a 15% maior que os modelos correspondentes sem o receptor. Com o tempo, os preços devem diminuir.


Serei obrigado a migrar para a TV digital?

Não, pelo menos nos próximos anos. De acordo com o decreto 5.280 (29 de junho de 2006), a transmissão analógica só deve deixar de existir em 29 de junho de 2016. Até lá, os telespectadores poderão continuar assistindo à TV com transmissão analógica.


Vou poder gravar a programação?

Sim, mas o usuário estará sujeito às leis de direitos autorais e às regras dos detentores de conteúdo.


A TV digital também vai transmitir programas antigos?

Sim. Os canais transmitidos digitalmente terão exatamente a mesma grade de programação que as suas versões transmitidas de forma analógica -- a imagem das “velharias” também será melhor na TV digital, pois ela elimina sombras e interferências que ocorrem durante a transmissão da emissora para as residências. Os programas já produzidos para a TV de alta definição terão melhor qualidade que os demais.


Essa nova forma de transmissão está disponível para canais a cabo?

Não, porque tratam-se de meios diferentes: a TV digital trafega pelo ar, enquanto a outra trafega por cabos espalhados pela cidade.


Todas as funcionalidades da TV digital estarão disponíveis na estréia?

No início, a transmissão digital no Brasil terá como foco som e imagem digitais. Também na época da estréia, será possível assistir à TV em dispositivos portáteis, assim que colocados à venda no mercado. Depois, com o passar do tempo, a interatividade deve ganhar força.


O que é mobilidade?

Mobilidade é a transmissão digital para televisores portáteis, como por exemplo aqueles utilizados em veículos.


O que é portabilidade?

Portabilidade é a transmissão digital para dispositivos pessoais, como PDAS e celulares.


Como será a interatividade?

As possibilidades são inúmeras. Com o controle remoto, por exemplo, os usuários poderão votar, responder a testes, acessar mais informações sobre os programas e, futuramente, até comprar produtos anunciados na televisão. Tudo será feito por meio de um sistema desenvolvido no Brasil, o Ginga, que possivelmente não estará disponível nos primeiros conversores. Por isso, as possibilidades de interação devem estar disponíveis pouco depois da estréia da TV digital.


O que é multiprogramação?

É a possibilidade de as emissoras transmitirem mais de um programa simultaneamente - ou até mesmo ângulos de câmera diferentes em um jogo de futebol. Isso dá às emissoras flexibilidade para explorar desde alta definição até vários programas dentro de um mesmo canal.


Quais as especificidades do Sistema Brasileiro de TV Digital Terrestre (SBTVD-T)?

O padrão brasileiro para a transmissão de imagens tem como base o padrão japonês, que viabiliza a mobilidade, portabilidade e alta definição. As principais adaptações do modelo nacional estão ligadas ao tipo de compressão dos arquivos (H264) e ao desenvolvimento de um sistema de interatividade próprio (Ginga).

A tecnologia de compressão de arquivos adotada pelo Brasil, chamada H264, consegue enviar maior quantidade de dados que o modelo japonês (MPEG2) sem aumentar o tamanho do arquivo. Isso resulta em conteúdo de maior qualidade com a mesma velocidade de transmissão de dados.

Outra mudança do padrão brasileiro é a adoção do Ginga, sistema de interatividade nacional desenvolvido em parceria pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB).


Posso comprar no exterior um equipamento para assistir à TV digital no Brasil?

Não. O sistema de TV digital adotado será exclusivo do Brasil. Por isso, os equipamentos comprados no exterior não vão funcionar por aqui, a não ser que sejam fabricados no exterior de acordo com as especificações brasileiras. Essa restrição vale para televisores portáteis, telefones celulares, conversores digitais e aparelhos de TV com conversor integrado.


Como faço para acessar a TV digital?

É necessário adquirir um conversor digital e ter também uma antena UHF. As emissoras de São Paulo, que realizam a transmissão analógica em VHF, terão também canais UHF para a transmissão digital. Graças a uma função chamada “canal virtual”, não será necessário decorar novos números: ao digitar 5, por exemplo, o conversor sintonizará a TV Globo transmitida digitalmente (na realidade, correspondente ao canal 18 no UHF).


Vou precisar de um aparelho novo para ver a TV digital?

Provavelmente, não. Quase todos os aparelhos fabricados nos últimos anos têm entradas para áudio e vídeo, que são necessárias para o funcionamento do set-top box (conversor). No entanto, a qualidade das imagens varia. Se quiser tirar o melhor proveito da alta definição oferecida pela TV digital, é necessário ter uma televisão com tecnologia Full HD.


A TV digital muda o formato dos programas?

Sim. Isso acontece porque os programas gravados e transmitidos em alta definição têm formato 16:9 (relação entre largura e altura da tela), como acontece no cinema. Na transmissão analógica, o formato é mais quadrado: 4:3. Com a TV digital, será possível ver mais áreas de uma cena nos televisores modernos - assim, as emissoras terão de se preocupar com o que aparece nas áreas laterais, que antes não eram exibidas


Como vou assistir a programas no formato 16:9 em telas 4:3 e vice-versa?

Se não quiser distorcer as imagens, a solução será o uso de faixas pretas nos cantos da tela, pois programas em alta definição (formato 16:9) terão como alvo os aparelhos de TV com “tela de cinema” (também 16:9). Quando um programa antigo (4:3) for exibido em uma TV moderna (16:9), as faixas pretas ficarão nas laterais. Quando um programa em alta definição (16:9) for exibido em uma TV antiga (4:3), as faixas aparecerão em cima e embaixo da tela. Todas essas opções dependerão das funções disponíveis no aparelho de TV utilizado para recepção.




O som dos programas vai mudar com a TV digital?

Sim, porque os arquivos digitais de música não perdem qualidade durante a transmissão. Além disso, os telespectadores que tiverem home theaters em suas casas poderão usar sistema de som com áudio em 5.1 para assistir a programas de TV produzidos em alta definição, assim como já acontece com os DVDs.



3 comentários:

Lili disse...

Oi Dri!
Parabéns pela pesquisa e informação adorei sobre os novos rumos da tv digital, e tb vou esperar para ver como fica!Seu Blog é o máximo muito inteligente e variado ADORO!!!!
Ah em tempo!O bazar foi bacana viu!
Bjks

Edys Gonçalves disse...

Ihhh, vai demorar pra TV digital chegar aqui no Recife!!

kaká disse...

adorei a informaçao, nao tava entendendo muito...